domingo, 7 de setembro de 2008

E lá me fui de novo

Então estava parado pensando... olhando para fora do mundo. Para onde vou?
Poucos dias de férias... Estrada Real... caminho dos diamantes, do ouro...
Mas precisava algo mais...
Aí apareceu Alguém que me deu o start: Escalar o Pico da Bandeira! Um jeito de enxergar o Brasil quase todo, visto de cima. Eu nunca fiz isso, mas vou.
É para lá que vou amanhã cedo, e vou contar no blog novo:
anote aí:
http://picodabandeira-deluca.blogspot.com/

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Viagem de Volta

Achei que faltavam estas fotos.
Esta é a autorização que vc tem de pegar na Fronteira para poder circular com seu veículo na Venezuela.


E a cada "Alkabala" (Posto do Exército) da estrada, vc para, desce, cumprimenta o guarda, e pede para carimbar. Na saída do País deve devolver, obrigatoriamente, o documento. Registro: Haviam nos alertado contra eles, porém nunca revistaram o carro ou nos pediram qualquer propina financeira. Só carimbaram o papel. Para quê? Não soubemos também.


Este é o bilhete que Hugo Chaves escreveu quando anunciaram que ele havia renunciado, no golpe fracassado que sacaram contra ele. Está nas paredes das repartições estatais como um símbolo.


Foto oficial do Presidente Chaves nas Repartiçoes Públicas. Acho que quiseram deixá-lo mais alto. Deve ser isso.



E nos despedimos do grande herói nacional Simon Bolívar. (O pintor deu uma caprichada, não?). Adeus Venezuela.
Aí gente entra cheio de saudade e ufanismo no pais da gente e o primeiro monumento que encontra é o Marco Zero, do Equador... em lamentável abandono... um descaso que estamos denunciando também oficialmente. Ah! Estou com um pé no hemisfério norte e outro no hemisfério sul...


Tem uma placa meio apagada na estrada, denominando este local de praça internacional. Fica no Estado de Roraima.


O estado de conservação do Monumento erguido ao marco Zero é até um desrespeito para com os 32 brasileiros que morreram na implantaçao da BR 174 e que tem seus nomes gravados em Bronze.

Time is over

Infelizmente a burocracia, o feriado, a morte do grande Senador Jefferson Perez, e a necessidade de trabalhar, mudaram nossos planos.

Não contávamos que o feriado e o ponto facultativo de hoje iria paralisar tudo aqui.

Não foi possível tirar uma certidão negativa de furto da Hilux, na Polícia (só havia plantões, não pessoas que pudessem assinar as certidões). E por isso também não foi possivel tirar uma guia de ICMS na Secretaria de Fazenda, para que o carro pudesse embarcar.

Nada disso foi preciso para trazê-la de Belém, no entanto a legislação do Pará é diferente da do Amazonas. Assim, a Hilux somente poderá ser embarcada na Segunda Feira, quando a documentação ficará pronta. O carro teria de ser embarcado ontem para chegar a tempo de prosseguirmos a viagem dentro do prazo previsto. Não foi possível, paciência.

Por outro lado, não conseguimos vaga em suite nos barcos que descem o Amazonas e essa era a única condição para fazermos a travessia. o que ouvimos da vida a bordo sem essa condição básica, nos aconselham a não enfrentá-los. Fiiiiiiiila nas horas das refeições.... nos banheiros..... enfim...

Tenho de voltar ao trabalho na segunda. por isso optamos por voltar de avião direto a Brasília, aproveitando a promoção 9,00 da Gol, despachando também a Hilux para lá.

A viagem pelo rio Amazonas ficará para um futuro com mais pessoas.

Não há fotos porque o blog estourou a capacidade de acolhê-las, mas providenciarei o aumento de espaço para continuar a narrativa.

É... está na hora de ir para casa e dar uma geral de lá.

Embarcamos amanhã para Brasília.

TÃO JOVENS E TÃO VELHOS... COMO OS ROLLINGS STONES !!!!!!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

A viagem de volta - Os erros

Tudo pronto fomos ver os preços de pneus. Não compensa comprá-los aqui, pois na cidade não há isenção de impostos de zona franca. Um Toyo como os da Hilux ao preço de 411,00 cada. Pé na estrada então. Saímos de Puerto La Cruz.

Primeiro Erro


Ao lado do primeiro posto policial na saída, avistamos várias tendinhas, (depois vimos que eram mesmo casebres) com fogões e chapas onde assavam frangos. 16 horas e ainda não tinhamos almoçado... Vamos comer um franguinho assado? Uau!!!

Coisas tradicionais, pensei e insisti. Olhem se não daria confiança? Isso está na beira da estrada.

Sérgio já logo se abancou e pediu uma Fanta Venezuelana. Pra encurtar o caso, o frango ainda era acompanhado de (Arghhhh) Arêpas. Além do que nos "defumamos" totalmente que tivemos de viajar os próximos 20 quilometros de vidro aberto para sair o cheiro...da roupa, e de alguns ruídos mais desagradáveis da fisiologia humana... coisa horrorosa...

A noite fomos na certeza. Enfrentamos o velho e bom Mac Donalds. E tá falado. Então, dica para quem vier: Nunca coma nessas beiras de estrada, não são coisas tradicionais, são coisas... bem deixa prá lá, todos precisam viver, mas nem pare.


Segundo Erro

20 horas, resolvemos não pousar em Tumeremo como na ida, preferimos tocar até uma outra cidade, Las Claritas, a 270 km, bem mais perto da Fronteira, onde, segundo nosso guia impresso teria um hotel, bom simples e limpo, e chegaríamos mais cedo para embarcar a Hilux.



Por isso passamos A NOITE por um lugar turístico, chamado Piedra de La Virgen (uma pedrona enorme em que tem uma virgem, etc...) em que todo mundo tira a foto emblemática da viagem. Também tirei a foto, mas a Piedra de La Virgen.....bem, eu sei que ela está ai atrás de mim.



O hotel do guia estava lotado e não houve mais outro hotel para pararmos em lugar algum. Estavamos numa região ecológica chamada Gran Sabana. De repente me deparei com uma árvore caída atravessada na estrada inteira, com um ônibus tentando passar por cima dela. Foi quando fiz a foto e em seguida toquei a Hilux, passando por cima também. Tocamos a noite inteira (a maior parte o Sérgio). Depois nos disseram que nessa estrada não se pode viajar a noite e que essas árvores poderiam ter sido colocadas por ladrões. Há muitos assaltos nessa região. Tivemos sorte de passar junto com o ônibus. Então a Dica: NÃO VIAJE DE NOITE, nunca, se chegar as seis horas, pare e pernoite, seja onde for.

Amanhecendo o dia, Sérgio já estava podre, como todos nós, entramos em Santa Helena de Uiaren, na fronteira e alugamos um hotel por 4 horas.


Neste hotel ficamos das 7 as 10 da manhã. Quando fomos tomar banho, cadê a água. Saí atrás da camareira e ela foi lá embaixo ligar alguma coisa. Veio a água. Mas o Sérgio acabou seu banho com balde....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


Alegria! No final da rua a placa indicando: BRASIL.


Pé-na-estrada de volta

Pois é. Ainda deu tempo de um banho de mar e de piscina na despedida do Caribe. Levantamos cedo e fomos para o mar.


A despedida do mar do Caribe as 7:30 da matina (horário Venezuela que é uma hora e meia menos que no Brasil)

Fechamos a conta do hotel, (durante todos estes dias em que aqui ficamos, gastamos com hotel e uns tres almoços/jantas, uisque na beira da piscina e alguns extras de cerveza Sonora light, a importância de 500,00 Bolívares para cada um, aproximadamente 270,00 reais. Realmente nesta época a Venezuela tem hotéis muito em conta.


Ah! ia me esquecendo. Esses bolinhos de farinha de milho, são chamados de ARÊPAS. Arêpa é a comida mais tradicional da Venezuela. Eles comem isso com carne desfiada, com feijão, com tomate, com queijo... com a p.q.p. ... e no café da manhã, no almoço e na janta... Experimentei duas vezes. Com carne e tomate... e outra vez com queijo. Não é bom isso. Nenhum de nós gostou. (risos).
Chicara vazia. Acabou o café da manhã. Hora de por o pé na estrada de volta.
Na despedida, da estrada para o porto, um último olhar para o mar lá embaixo.
Esta baia, por certo já abrigou Piratas e quiçá o próprio Cristóvão Colombo que batizou a ilha.
Desta vez embarcamos no CamFerry Express, que tem "outra" categoria. Uma mudança de viagem da água para o vinho. Detalhe a passagem custa uns 15,00 reais a mais. Então fica o alerta para quem vier: Há duas companhias que fazem o transporte até a Ilha Margarita. E há tres categorias de passagens em cada uma. Prefira sempre (eu disse sempre) a mais cara. Poderíamos ainda ter vindo na classe VIP que é ainda muito melhor por mais 10,00 reais, mas marcamos bobeira, não sabíamos disso.
No Navio, há um Free Shop, meio fraquinho, mas quebra o galho para quem quer comprar chocolate ou esqueceu de comprar alguma lembrança no porto livre que é Ilha Margarita.

As acomodações são em volta de mesas, e também dispostas nas laterais. As pessoas viajam jogando baralho, dominó, comendo (há um restaurante no navio)... enfim... com conforto, há até carregadores de malas que as levam e trazem até vc. (cobram por isso é claro, e vc tem de tratar o preço antes senão te exploram)

Duas horas e meia após o embarque chegamos a Puerto La Cruz (por este Navio a viagem dura a metade do tempo), e quem ainda estava lá no estacionamento???? A Hilux, inteira, como a deixamos e ainda com o "X" escrito no parabrisa. (nunca iremos descobrir porque desse "X")
Iniciamos o caminho de volta sentindo a presença forte de Chaves, por todo o lado

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Hora de levar as crianças para casa

Hoje chegou a hora, nos despedimos do mar do Caribe, na última manhã de sol. Amanhã embarcamos no navio até Puerto La Cruz, pois não conseguimos volta para hoje.

Verdade que ainda vamos tentar um mergulho a mais amanhã cedinho. Tudo para voltar algum dia em algum outro ponto, porque a vida não é tão comprida assim para se ficar repetindo lugares.

Amanhã as 12h embarcamos no navio para Puerto La Cruz. Se a Hilux ainda estiver onde a deixamos, colocamos as malas, e rumaremos para Boa Vista. O plano é tocar até onde der, para chegar a Manaus na quinta pelo meio dia, embarcar a Hilux de volta, e embarcarmos também num outro barco para descer pelo Rio Amazonas até Belem.


Uma penúltima vista no horizonte...

A gente olha o horizonte e enxerga mais que o mar. Enxerga a vida. Verde... como o Palmeiras....kkkkkkkkkkkkkkk
Olha o Sérgio com a pose de sempre, saindo do penultimo mergulho.


E vamos em frente que atrás vem gente.... e água....muita água.

Vocês não acharam que o Murilo iria aparecer na despedida da praia com os (miseráveis) cabelos despenteados pelo mar, não é?
A entrada do nosso Hotel Coral Caribe



As flores do jardim da piscina do hotel que preferimos não perguntar o nome, para não esquecê-lo Os vendedores (e como tem...) que ficaram muito amigos, a principio dos americanos, depois dos italianos, para finalmente descobrir que eramos brasileiros. Vinham bater papo conosco, esquecendo até de vender.
Mas é metido esse cara. Vocês não fazem idéia.... kkkkkkkkkkkkk
Eu e Murilo nos fuimos
É, realmente um lugar muito bonito. Não é a toa que o pessoal de Manaus e Boa Vista invade esta praia nos meses de janeiro e fevereiro. É a praia deles. E a gente no Sul do Brasil, às vezes fica com pena deles por estarem longe e sem estradas para o litoral. Vêm para o Caribe, os "miseráveis". (risos).

Estamos formando uma legião feminina infantil de fãs nesta viagem.


A água começou a esquentar agora... claro que na hora de irmos embora.

Gentes de todas as partes do mundo (sofrem mais os ingleses com aquelas peles braaaaaaaancas)


O penultimo almoço num bom restaurante escolhido pelo Sérgio

E vejam o tipo da macarronada da despedida.


E um cafezinho para arrematar.

O verde mar do Caribe Venezuelano. Para nunca olvidar.

ATENÇÃO: O Blog não será atualizado pelos próximos dois dias, pois estaremos na estrada e provavelmente dormiremos em uma dessas cidadezinhas que não têm rede Wireless.